domingo, 1 de setembro de 2013

CANTIGAS D'AMIGOS, Natália Correia, Amália Rodrigues e Ary dos Santos


              
Disco Cantigas d’amigos, de Natália Correia, Amália Rodrigues e Ary dos Santos
Valentim de Carvalho / iPlay, 1971 / reed. 2012.
Detalhe de capa, da autoria da pintora Maluda.
                 
Todos os poemas são extraídos da antologia Cantares dos trovadores galego-portugueses, atualizada pela mão de Natália Correia (publicada em 1970) e ditos ou pela própria e por Ary dos Santos, ou cantados por Amália, com musica original de Fontes Rocha (exceto "Ermida de São Simeão", música de Alain Oulman).
Escreveu Ary dos Santos na contra-capa: «Era uma vez um livro muito bonito, que cheirava muito bem. Umas vezes a flores, outras vezes a urtigas. Mas a urtigas sadias. Tinha sido feito pela Natália Correia que o desenterrara de alfarrábios muito, muito velhos, com mãos de chama e de poeta. Escusado será, pois, dizer que o livro era de poemas. Eis senão quando, uma bela noite em casa da Amália, os tais poemas saíram das páginas e ganharam voz. Pareciam ervas dançando no meio da sala. O Fontes Rocha foi-os apanhando um a um e fez com eles um feixe de música. O Carlos, o Pedro e o Joel, ajudavam muito. E a Amália deu-lhes um nome como só ela sabe: Cantigas de Amigos. O resto? O resto foi apenas convívio e entendimento perfeitos. Às vezes, pela meia-noite, os poemas tinham fome e comiam sopa de coentros e arroz de bacalhau. O Rui e o João também apareceram e ficaram calados que nem ratos ao pé do Ribeiro, que é um mágico que sabe fazer música com luzes, enquanto este regia a orquestra. Depois, chegou a bruxa Maluda (que por sinal é bem bonita) a cavalo numa vassoura, com um pincel e uma tesoura. E zás, pôs-nos a todos na Idade Média. Parece uma história para meninos...»
                     
01 - Vim esperar o meu amigo (Bernaldo de Bonaval) - Ary dos Santos e Amália
02 - 
Vem comigo irmã (Fernando Esguio) - Natália Correia
03 - 
Perigosas elas são (Afonso X de Castela e de Leão, o "Sábio" - Ary dos Santos
04 - 
Ah quisesse Deus (Dom Dinis) - Amália
05 - 
Senhora que bem pareceis (Dom Dinis) - Ary dos Santos
06 - ... 
E pede-me agora o que não devia (João Garcia de Guilherme) - Amália
07 - 
O rapinante (João Airas, de Santiago) - Natália Correia
08 - 
Uma pastora delgada (Dom Dinis) - Ary dos Santos e Natália Correia 
09 - 
Lá vão as flores (Paio Gomes Charinho) - Amália
10 - 
Nem por rei ou infante, eu me trocaria (Dom Dinis) - Ary dos Santos 
11 - 
Sejamos como toda a gente (João Garcia de Guilhade) - Natália Correia
12 - 
Ermida de São Simeão (Mendinho) - Amália 
13 - 
Ai Dona Feia foste-vos queixar (João Garcia de Guilhade) - Ary dos Santos
14 - 
Amores eu tenho (Pero Meogo) - Amália e Natália Correia
15 - 
Alegre eu ando (Nuno Fernandes Torneol) - Natália Correia
                 
                 

                  
                                           

 Ary dos Santos, Amália Rodrigues e Maluda, na Tipoia, 1970




                
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[Post original: http://comunidade.sol.pt/blogs/josecarreiro/archive/2013/09/01/cantigas.de.amigos.aspx]

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